Reunião entre servidores do Meio Ambiente de MG e governo estadual acaba sem acordo; greve já dura 36 dias
06/10/2025
(Foto: Reprodução) Servidor do meio ambiente em audiência pública na Assembleia Legislativa de MG
Guilherme Bergamini
A mesa de negociação entre os servidores do Meio Ambiente de Minas Gerais e o governo estadual terminou sem acordo nesta segunda-feira (6). Trabalhadores em greve desde 1º de setembro se reuniram nesta tarde com representantes das secretarias de Meio Ambiente e da pasta de Planejamento e Gestão.
O movimento grevista, que já dura 36 dias, reivindica realização de concurso público, reajuste salarial e pagamento de adicionais de insalubridade e periculosidade, entre outras demandas. Ao todo, são 21 pautas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente no Estado de Minas Gerais (Sindsema), Wallace Alves de Oliveira Silva, o governo prometeu apenas o concurso público.
"Não teve negociação nenhuma, foi bem frustrante. Nós vamos fazer uma nova assembleia para decidir os rumos da greve na quarta-feira (8), mas os servidores estão realmente revoltados com o desrespeito do estado. Já sabemos que a greve não acaba", afirmou.
O vídeo abaixo mostra ato dos servidores após operação da PF de combate a fraudes em licenças para mineradoras:
Trabalhadores do Sistema Estadual de Meio Ambiente protestam contra irregularidades na mineração
Pedido de recomposição de perdas inflacionárias
Segundo ele, a demanda de recomposição de perdas inflacionárias não avançou em nada durante a reunião, que contou com a participação das secretárias de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo, e de Planejamento e Gestão, Silvia Listgarten.
"Nós, do meio ambiente, ficamos para trás, temos 82% de defasagem. Disseram que qualquer pauta que representa aumento salarial de qualquer nível não vai passar", disse o presidente.
Durante a greve, as ações de fiscalização ambiental e combate a incêndios florestais continuam, segundo o sindicato. Já os processos de licenciamento ambiental e as análises de outorga de água foram impactados.
"O licenciamento ambiental para a indústria operar está praticamente parado", falou Silva.
O g1 questionou o governo de Minas Gerais sobre as negociações com os servidores do Meio Ambiente, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.