Polícia apreende 1.600 garrafas de cachaça falsificada e fecha fábrica clandestina
07/10/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil de MG desmonta fábrica clandestina de bebidas
A Polícia Civil desmontou uma fábrica clandestina de bebidas que funcionava em uma casa na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. Mais de 1.600 garrafas de bebida semelhante a cachaça foram apreendidas, e um homem foi preso.
A ação ocorreu nesta segunda-feira (6) e foi divulgada nesta terça. Amostras do material apreendido foram encaminhadas para análise da perícia, que vai verificar a presença de metanol ou outras substâncias tóxicas.
Também nesta segunda-feira, um carregamento de bebidas alcoólicas falsificadas foi apreendido em um imóvel no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Betim, na Grande BH. Mais de 100 caixas de cerveja foram encontradas. Além disso, foi notificado o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol na capital (leia mais abaixo). O Brasil já tem 17 casos confirmados.
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Casa era usada como fábrica
Segundo o delegado Túlio Leno, no caso da fábrica clandestina desmontada nesta segunda suspeito transformou a própria casa em uma indústria. A bebida era armazenada inicialmente no primeiro andar e, depois, bombeada por meio de tubos e mangueiras para o terceiro andar, onde era feito o envase.
"Ele tinha todo o maquinário para falsificação de rótulo, embalagem, envasamento, fechamento das tampas, impressora gráfica de rótulo. Ele tinha todo um aparato para fomentar aquele negócio e fazia aquilo de forma clandestina, o que demonstra que ele vendia muito", explicou o delegado.
No local, identificado por meio de denúncia anônima, os policiais também encontraram uma substância escura que o suspeito usava para tingir a bebida de amarelo, para simular cachaças envelhecidas em barris de carvalho, além de rótulo de diferentes marcas.
"Ele utilizava praticamente uma tinta mesmo para tingir a bebida e fazer a venda com outra tonalidade. Nós arrecadamos bebidas já engarrafadas que são a mesma bebida com diversos rótulos", afirmou Leno.
Caderno com possíveis pontos de venda
A Polícia Civil acredita que o suspeito preso, de 53 anos, produzia a bebida e distribuía no comércio – um caderno de anotações com possíveis pontos de venda também foi localizado na casa.
"O local era completamente inapropriado, sem critério nenhum de assepsia. Ele utilizava um modo muito arcaico, as garrafas estavam abertas, expostas, sem nenhum tipo de controle", falou o delegado.
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Suspeita de intoxicação por metanol
Nesta terça-feira (7), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que investiga um possível caso de intoxicação por metanol em Belo Horizonte.
A paciente é uma mulher, de 48 anos, moradora da capital, que está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nordeste, no bairro São Paulo.
"A gente está analisando esse caso da capital, as amostras chegaram hoje, e nós devemos analisar tanto para metanol quanto para acido fórmico, que é realmente um metabolito tóxico proveniente da transformação do metanol", explicou o perito criminal e chefe do laboratório de toxicologia forense da Polícia Civil, Sandro Chaves.
Embalagens apreendidas em fábrica clandestina de bebidas em BH
Daiany Nogueira/ TV Globo
Materiais apreendidos em fábrica clandestina de BH
Daiany Nogueira/ TV Globo
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